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quinta-feira, 4 de março de 2010

Refugiados palestinos temem futuro no Brasil


Mesmo morando há quase dois anos no país, alguns refugiados continuam desempregados e não sabem o que vão fazer após o fim do Programa de Reassentamento do Alto Comissariado das Nações Unidas.

Por Juliane Almeida

A vida dos refugiados no Brasil não é só alegria por voltarem a ter um lar de verdade, longe dos bombardeios e perseguição política e racial.
O programa de Reassentamento Solidário da Acnur tem a duração de 2 anos para inserir os refugiados na sociedade e nas políticas públicas do país. O programa conta com a parceria entre o Governo Federal, representado pelo Comitê Nacional para Refugiados (CONARE) e organizações não governamentais.

Alguns refugiados, mesmo com quase dois anos de residência brasileira, não conseguiram se adaptar. Não falam o idioma porque não puderam freqüentar as aulas, pois precisavam trabalhar para complementar a ajuda financeira cedida pelo Programa. Segundo alguns refugiados, foram prometidos empregos assim que chegassem ao Brasil, porém o trato não foi cumprido.

Prestes a se casar, Issam Ali é um exemplo disso. Para a cultura muçulmana, a futura esposa só precisa ir para o novo lar com a roupa do corpo e o marido é o principal responsável por trazer o dinheiro para dentro de casa. Sendo assim, para ele, além de ser uma necessidade, é uma condição cultural. “Eu também preciso de ajuda porque eu fiquei aqui sozinho, não tenho família”, diz Issam.

Após o fim do Programa, o refugiado terá que arcar sozinho com suas despesas e pagamento de aluguel. Luiz Fernando Godinho, oficial de informação do Acnur diz que o programa não tem caráter assistencialista e procura criar condições para que os refugiados se tornem auto-sustentáveis e possam se integrar. Para os casos mais vulneráveis há a possibilidade de continuar prestando a assistência.

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