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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Giulia Moon em entrevista ao Vez e Voz fala do seu amor pelo sobrenatural

Dando continuidade à CIALF(campanha de incentivo aos autores de literatura fantástica) entrevistamos Giulia Moon.

1.Como é o mercado editorial para novos escritores de literatura fantástica?

Giulia-
Acredito que deve ser bem melhor do que há dez anos, quando eu comecei a escrever contos de vampiros. Naquela época, publicar um livro, ainda mais de fantasia ou terror, era considerado uma aventura fantástica por si só. Hoje sabemos que existe um público fiel, que gosta e consome fantasia e terror, e as editoras estão receptivas a obras desse gênero. Por outro lado, aumentou também o número de novos escritores à procura de um espaço no mercado. A concorrência é maior, mas as oportunidades, também.

2.Quando descobriu que queria ser escritora?

Giulia-
Eu nunca pensei em ser escritora até uns dez anos atrás. Escrever, para mim, sempre foi – e continua sendo – uma grande diversão. Só descobri que queria ter o meu nome na capa de um livro quando comecei a frequentar um grupo de discussão na internet, chamado “Tinta Rubra”, de escritores amadores de contos de vampiros. Ali, ao mostrar os meus contos para um público anônimo, isento, e bem maior do que os familiares ou amigos, percebi que eles poderiam ser fonte de diversão para um grupo maior. E eu soube que queria atingir essas pessoas. E muitas outras. Foi o sinal para ir em frente e almejar algo mais do que um simples passatempo, mas uma ocupação de verdade.

3.Quando você está escrevendo um livro, tem costume de ler outros do gênero para se inspirar ou procura se isolar para criar livremente?

Giulia-
Nenhum dos dois. Eu leio livros, HQs e mangás, assisto filmes, desenhos animados o tempo todo, porque eu gosto, não em função de uma determinada necessidade. E à medida que vou tendo contato com as criações de outros autores, eu percebo determinados nuances, ritmos, palavras, situações, que me inspiram sensações e ideias agradáveis, divertidos, curiosos. Acho que isso acontece não apenas tendo contato com obras de ficção, mas em cada momento do dia. É como se exercitasse de forma contínua o meu raciocínio e a minha sensibilidade. E um raciocínio afiado e a capacidade de sentir intensamente as emoções está com você o tempo todo. Não é algo que você pega na estante e usa quando precisa. Eu procuro sempre me desligar de muletas artificiais, como procurar determinada leitura, ouvir tal música ou ficar em tal lugar para me inspirar. A inspiração está dentro de você, nas suas experiências, na sua imaginação, não nos objetos ou obras de outras pessoas.

4.Você se declara fã de livros de terror, quais autores são seus preferidos?

Giulia-
Eu me apaixonei pelo gênero graças a Edgar Allan Poe, ainda na época da minha adolescência, por isso ele sempre será o primeiro da minha lista. H. P. Lovecraft é um clássico que todo autor de literatura fantástica e horror não deve deixar de ler, embora tenha dado origem a uma legião de imitadores sofríveis no mundo inteiro. Gosto bastante de Stephen King, principalmente dos seus contos, de Clive Barker dos “Livros de Sangue”, e da literatura de fantasia dark de Neil Gaiman. Gosto também de alguns mangás japoneses de terror, como o Uzumaki de Junji Ito.

5.Seus livros são de contos, geralmente reúnem mais de um ser sobrenatural, já teve vontade de escrever um livro inteiro sobre um de seus personagens?

Giulia-
Na verdade, já fiz isso. A vampira japonesa Kaori e o vampwatcher Samuel haviam aparecido juntos no conto “Dragões Tatuados”, que saiu publicado na coletânea “Amor Vampiro”, de vários autores, pela Giz Editorial. Após o sucesso do conto, resolvi escrever a história de Kaori, desde o seu nascimento como vampira no Japão feudal até os dias de hoje num romance. Foi assim que nasceu “Kaori: Perfume de Vampira”.

Com relação aos meus outros personagens, tenho recebido vários pedidos de fãs, principalmente da minha vampira Maya e do seu mordomo Stephen, para escrever um romance com eles. Quem sabe, no futuro?

6.Três de seus livros “Kaori: Perfume de Vampira”, “Vampiros no espelho e outros seres obscuros” e “ Luar dos Vampiros” tratam da temática vampirismo, embora tenham outros elementos, dos seres obscuros eles são seus preferidos?


Giulia-
Sim, eu adoro vampiros. Primeiro como leitora, depois como autora, os vampiros sempre estiveram comigo. Ainda cursava a faculdade quando pus os meus olhos pela primeira vez sobre o livro “O Vampiro Lestat” de Anne Rice, escondidinho na estante de uma livraria. Foi paixão à primeira linha. De lá pra cá eu sempre andei de mão dada com os vampiros, e eles têm me levado a lugares muito interessantes.

O meu primeiro conto para a internet, foi uma história da vampira Maya, que enviei para um site chamado Mundo Vampyr. O conto acabou me rendendo um convite para entrar no grupo de discussões “Tinta Rubra” . E, o convívio com os leitores e escritores desse grupo me levou, em 2003, à publicação do meu primeiro livro de contos, “Luar de Vampiros”. Como vêem, tudo começou com eles, os vampiros.

Todos os meus livros, tanto os de contos quanto o romance “Kaori”, têm estreita relação com os vampiros. O único que faltou na sua lista, a coletânea “A Dama-Morcega”, de 2006, também tem uma vampira, Agnes, como protagonista do conto que dá nome ao livro. Eu adoro criaturas fantásticas em geral, mas com certeza o meu primeiro grande amor é mesmo o vampiro.


7.Qual o papel que a internet tem em sua vida profissional? Deixe seus endereços eletrônicos para os fãs entrarem em contato, conhecerem mais seu trabalho.


Giulia-
A internet é o meu elo de ligação com os meus leitores e com a maioria dos meus amigos. Graças a ela, eu comecei a escrever como profissional, graças a ela, posso pesquisar, travar contatos, conhecer novos amigos e leitores, tomar conhecimento de tudo de extraordinário que existe por aí.

Vocês podem me encontrar nesses endereços:
Blog Phases da Lua: http://phasesdalua.blogspot.com
Site: http://www.giuliamoon.com.br
Twitter: http://twitter.com/giuliamoon
Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Profile?rl=mp&uid=14131538431339823139


8.Apresente “Kaori: Perfume de Vampira” para quem ainda não conhece, fique à vontade para vender seu peixe


Giulia-
Ao invés de vender um peixe, estou lhes oferecendo, talvez, um sashimi com sabor picante e surpreendente. “Kaori: Perfume de Vampira” veio nascendo aos poucos, pois, como já disse, a personagem já aparecera no conto “Dragões Tatuados”, como uma adolescente japonesa belíssima, uma garota de programa que exige o pagamento em sangue. A idéia era juntar a personagem, fruto de uma cultura milenar, com o mito do vampiro. A delicadeza e a cortesia da personalidade japonesa com a sua capacidade para perpetrar atos cruéis e surpreendentes. A frieza e controle aparentes do japonês com emoções ardentes e violentos por dentro. E a imortalidade, vista sob o ângulo de alguém que nasceu e viveu num local e época muito diferentes dos contos de vampiros tradicionais.

Metade do livro passa-se no Japão feudal, contando as aventuras de Kaori, primeiro como humana e depois como vampira, desde meados do século XVII até o final do século XIX, em plena era Tokugawa. Kaori, uma bela garota, cujo corpo exala um perfume natural sedutor e misterioso, é filha de Gombei, um pobre taverneiro de beira de estrada. A sua beleza incomum chama a atenção de uma cortesã pérfida, Missora, que planeja apoderar-se da garota para transformá-la na atração principal de sua casa de prazeres. Entre perigos, amores e traições, encontrando em seu caminhos samurais, daimyôs e criaturas fantásticas do folclore japonês, Kaori atravessa os séculos, até conhecer José Calixto, um talentoso pintor brasileiro, um encontro que vai marcá-la para sempre.

A outra metade do romance retrata a São Paulo caótica e movimentada de 2008. Kaori, agora uma vampira de programa, caça os seus clientes no bairro da Liberdade. Desta vez às voltas com uma sociedade subterrânea comandada por Felipe, um vampiro cruel e poderoso, o IBEFF, uma organização que estuda a fauna fantástica, e com um humano de nome Samuel, que observa vampiros para essa instituição, Kaori vai viver uma aventura onde a sua capacidade de sedução e de sobrevivência será testada até o limite.

O romance se desenvolve com os capítulos do passado se alternando com os capítulos do presente, cada parte interagindo com outra, revelando e criando expectativas entre si. Se você gosta de um romance com muita ação, cenas quentes de sedução e suspense, acho que deve experimentar “Kaori”.

9.Você recebeu um prêmio super bacana, Melhor Romance 2009, aliás o único do gênero no país com “Kaori: Perfume de Vampira”. Como foi pra você receber este prêmio, foi surpresa ou já esperava?

Giulia-
Para mim, o prêmio foi motivo de muita satisfação e alegria, ainda mais porque foi o resultado de uma votação popular, com os leitores indicando os seus livros favoritos. E ler mensagens de fãs de “Kaori”, me felicitando, dizendo que votaram nele e tiveram orgulho de ter ajudado o livro a vencer, foi realmente emocionante. Eu não digo que eu esperava pela vitória, mas eu a desejava, com toda certeza. Senti-me como uma mãe, vendo uma filha que colocou no mundo crescer e obter reconhecimento. E isso foi muito legal!

10.Em seu blog Phases da Lua, vemos que acompanha eventos góticos, sarau, lançamentos, você se considera uma escritora acessível para os fãs?

Giulia-
Acho que sim, na medida do possível. Tenho muito pouco tempo ultimamente para responder e-mails, recados e atender todo mundo que me procura, pois faço tudo isso sozinha, sem a ajuda de ninguém. Não costumo ler contos, projetos ou qualquer tipo de textos que me enviam, pois, além do problema crônico da falta de tempo, não me considero mais do que uma boa crítica de mim mesma. Tenho manias, preconceitos, opiniões pessoais como qualquer outra pessoa, e acho que tem gente muito melhor e mais isenta do que eu para exercer esse papel. No mais, sempre converso bastante e divirto-me com as pessoas que encontro nos eventos e lançamentos. As pessoas são uma fonte permanente de inspiração para um escritor.

11.Seu livro de contos “A Dama-Morcega” mescla muitos elementos de fantasia, tem até folclore no meio, o que acha dessa mistura?

Giulia-
Mais do que uma mistura, para mim não existem fronteiras entre ficção de vampiros, fantasia, folclore, assim como eu, com os meus traços orientais, considero-me uma autêntica brasileira, filha dessa mistura de raças, de mitos e costumes que é o nosso país. No meu universo coexistem sacis, vampiros, kappas, duendes e criaturas fantásticas de todo tipo. E eu gosto dessa mistura, desse caos criativo. Como contista, eu sempre espiei por muitas portas, experimentei muitos caminhos. No final de 2009, tive o prazer de participar de um projeto de Ficção Científica organizado pelo escritor Nelson de Oliveira, o Portal Fundação. Escrevi, então, o meu primeiro conto de FC, chamado Animmalia. E posso dizer que foi uma experiência muito bacana, que me abriu os olhos para mais incursões pelo gênero. É isso. O livro “A Dama-Morcega”, assim como “Vampiros no Espelho & Outros Seres Obscuros”, reflete essa minha atitude. Você vai encontrar histórias de sacis, do Menino Jesus, do Dragão, do Diabo, de lobisomens, de fantasmas. Enfim, uma fauna fantástica bem diversificada, sem preconceitos de espécie alguma!

12.Que conselho você dá para aqueles que querem seguir à profissão?

Giulia-
Puxa, não sei se tenho muito a dizer, pois cada pessoa chega aos seus objetivos de seu jeito, não existem fórmulas para isso. Mas, a princípio, eu sempre digo para azeitar o seu português, pois ninguém pode seguir uma profissão sem dominar seus instrumentos. Depois, preparar-se para trabalhar dobrado, pois, por enquanto, a literatura, principalmente para quem está começando, não paga as contas. Seja um leitor crítico, imparcial e frio de si mesmo para melhorar sempre. Mas, mais que tudo, procure se divertir ao escrever. Não há recompensa maior para um escritor do que a alegria de criar uma boa história!


13.É verdade que está escrevendo outro livro sobre Kaori? O que pode contar sobre isso?


Giulia-
Estou, sim, escrevendo um novo livro dentro do universo de “Kaori”. Mas ainda não posso adiantar muito sobre ele. Só digo que estou me empenhando ao máximo para trazer a vocês uma aventura tão ou mais emocionante do que o primeiro. Torçam por mim!

Para todos que estão curtindo as entrevistas vamos nos despedir no maior estilo Giulia Moon...

Abraços Geladosssssssssssssssssss

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Giulia Moon é a terceira entrevistada da CIALF


A nossa terceira entrevistada, da CIALF (campanha de incentivo aos autores de literatura fantástica), é Giulia Moon. Tem publicados os livros: A DAMA-MORCEGA - Narrativas de Terror Fantástico, VAMPIROS NO ESPELHO & Outros Seres Obscuros, LUAR DE VAMPIROS, Kaori- perfume de vampira. Ninguém melhor do que a própria para se apresentar aos internautas/leitores.


Conheça um pouco da autora

Como já deve ter deduzido, este não é o meu nome verdadeiro. Mas sempre gostei do som de "Giulia" e adoro a lua, em todas as suas fases. Os dois "O"s da palavra "moon" sempre me remetem a dois olhos abertos num eterno espanto, uma piração visual entre tantas outras. Assim nasceu esse nick com o qual assino meus contos e participo de listas de discussão. Um nome que já se transformou numa identidade tão verdadeira quanto a outra.

Profissão: publicitária. Originalmente fui diretora de arte e ilustradora. Depois passei a diretora de criação. Num arroubo de saco-cheio pedi demissão e hoje sou sócia de uma agência de promoção e design, onde faço de tudo menos ficar rica. Que pena!

Meu hábitat: a São Paulo urbana e neurótica. Ou qualquer lugar no mundo onde possa tomar um avião e voltar pra Sampa quando bem entender. Adoro viajar, mas adoro ainda mais voltar pra casa. No place like home.

Literatura: o maior tesão de minha vida. Ei, não me entenda mal, refiro-me a tesão intelectual. Não gosto de histórias adocicadas ou cheias de moral, e não curto egotrips ou literatura experimental. Talvez seja por causa de algum problema neuronal. Ou não. Gosto de ler o que me diverte, o que me faz pensar, o que me surpreende. Básico. Mas sob essa aparente simplicidade cabe todo um universo de livros e autores e séculos de literatura. Material interminável e fascinante. E é isso que gosto de escrever. Terror, principalmente, e também fantasia. Pra quem acha que entretenimento não é digno do métier literário, já vou avisando: divertir o leitor é o meu objetivo. Se isso não é literatura, ok. Não me levem a sério, please.

*Retirado do site da autora: Quem sou eu

Sal e sódio causam dúvida a hipertensos, diz pesquisa


Estudo de instituto de cardiologia mostra que 93% não conseguem calcular quantidade em embalagens

SÃO PAULO - Reduzir o sal na dieta é a primeira recomendação que um portador de hipertensão recebe do médico. Mas uma pesquisa do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia com 1.294 hipertensos mostrou que 93% deles não sabem estabelecer uma relação entre o sal e o sódio descrito nas embalagens de alimentos. Pior: 75% nem sequer leem os rótulos e 45% não sabem que os produtos industrializados podem conter sal.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, o consumo diário de sal não deve exceder seis gramas por dia - uma colher de chá. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) deve lançar em breve uma nova diretriz reduzindo esse valor recomendado para cinco gramas.

Estudo recente no New England Journal of Medicine apontou que diminuir o consumo de sal pode reduzir doenças cardiovasculares tanto quanto parar de fumar, combater a obesidade e controlar o colesterol. O problema é que a tabela nutricional das embalagens não informa a quantidade de sal e sim a de sódio - um dos componentes do sal de cozinha e o verdadeiro causador da pressão alta.

Para aumentar a confusão, o sódio não está apenas em alimentos salgados, mas também em conservantes (nitrito de sódio e nitrato de sódio), adoçantes (ciclamato de sódio e sacarina sódica), fermentos (bicarbonato de sódio) e realçadores de sabor (glutamato monossódico).

"Isoladamente, o sódio não tem sabor, mas apenas 24% dos entrevistados sabiam disso", diz a nutricionista Cristiane Kovacs, uma das autoras do estudo. "Costuma-se recomendar a redução no consumo de sal porque ele é a principal fonte de sódio da alimentação, mas não é a única."

O cardiologista Daniel Magnoni, coordenador da pesquisa, explica que é preciso multiplicar o valor de sódio no rótulo por 2,5 para saber o quanto aquilo corresponde em gramas de sal. Um alimento com 500 mg de sódio representa 1,25 g de sal.

Anvisa
"Estou elaborando uma proposta governamental para alterar a informação dos rótulos para que contenham a quantidade de sal", diz Magnoni. Mas, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não seria possível fazer essa alteração porque muitos alimentos - como o leite - contêm naturalmente sódio, mas não sal. "Declarar a quantidade de sal em um alimento que não teve adição desse ingrediente seria enganar o consumidor", afirmou a agência em nota. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: www.estadao.com.br

sábado, 10 de julho de 2010

Laura Elias põem as presas de fora em uma entrevista sobre o sucesso da saga Red Kings



A campanha de incentivo aos autores brasileiros está á todo vapor e a segunda entrevistada é Laura Elias. A autora da Saga Red Kings fala sobre ser escritora de literatura fantástica no Brasil, do sucesso de seus livros de vampiros e do lançamento de Lua Negra, 2° volume da saga. Confira :

1.Vocês tem mais de 30 livros publicados, o que é um feito no país, como foi este processo?


Laura-
Foi algo natural, embora não deixe de ser extraordinário para mim, que jamais me imaginei escritora. O que houve foi que a Editora Mythos tinha um projeto para lançar uma linha de romances femininos - que aqui no Brasil são chamados de romances de banca -, e estava procurando um autor que se adaptasse a este tipo de texto. Na época eu era articulista da Revista UFO e o editor da revista me indicou ao Helcio de Carvalho, um dos donos da Mythos. Nós conversamos, ele me explicou o que tinha em mente e me pediu um livro como teste. Eu fiz, enviei e duas semanas depois ele me ligou, perguntando se eu conseguiria escrever dois titulos por mês. Eu aceitei e a coisa deslanchou. Depois de algum tempo, a editora decidiu entrar também no mercado de livrarias e foi neste momento que eu decidi deixar os pseudônimos de lado e começar a assinar os livros com meu nome.

2.Você sempre quis ser escritora? Quando ficou claro que viraria uma profissão?


Laura-
Essa é uma boa pergunta, sabe? Eu sempre fui uma leitora conpulsiva e vivi cerdada por livros. Até hoje é assim, leio muito e aqui em casa tem livro em todo lugar, mas nunca pensei em ser escritora. Os livros pra mim sempre foram companheiros de vida, amigos, professores. Por outro lado, sempre tive uma facilidade extrema para escrever. Os textos simplesmente fluem, as idéias vêm e a coisa rola.
Quanto à virar profissão, olha... eu ainda estou me acostumamdo com isso. Por muito tempo pensei que os meus livros eram só alguma coisa que eu fazia entre tantas outras. Não olhava pra eles como trabalho, entende? Acho que começou a mudar com o Crepúsculo Vermelho. Por várias razões este livro é um marco na minha carreira.

3.O livro “Crepúsculo Vermelho” tem uma trama super dinâmica e os personagens são diferentes dos vampiros tradicionais. De onde surgiram os rovdyrs?


Laura-
Pois é...(risos) Foi assim: a editora me apresentou o projeto de um livro de vampiros para adolescentes e eu relutei um pouco para aceitar. Como fazia tempo que não publicava, achei que talvez fosse uma boa voltar à ativa e encarei o desafio. Só que não tinha uma idéia que prestasse pra história. Sabe nada? Branco neve? Eu estava bem assim. Por experiência, sei que inspiração não se força, ela simplesmente vem quando quiser vir, então meio que deixei pra lá e fui fazer outra coisa. Uma noite eu etsava sentada assistindo a um programa no Discovery sobre uma expedição de biólogos que havia encontrado várias espécies de animais desconhecidas até então e aí a luz acendeu na minha cabeça. E se os vampiros fossem apenas isso, uma espécie desconhecida? O nome rovdyr eu tirei de um dicionário de Norueguês e significa predador.
Quanto à trama em si, eu busquei me distanciar o máximo possível das histórias conhecidas e de personagens batidos. Como o livro é para o público adolescentes, tive que manerar algumas partes para não ficar pesado ou sombrio demais, mas acho que funcionou, né?

4.O mundo está vivendo uma nova onda do vampirismo, impulsionado por Stephenie Meyer e a saga Crepúsculo, você acredita que teve algum reflexo em seu trabalho?


Laura-
A primeira coisa que fiz quando aceitei o projeto, foi ler os livros da Stephenie Meyer para saber do que se tratava e para não correr o risco de escrever algo similar a ela. Então eu diria que o único reflexo que a saga Crepúsculo teve em meu trabalho foi evitar caminhar pelos mesmos caminho. O que aconteceu, e isso é inegável, foi que a editora quis aproveitar a onda vampiresca e lançar algo no estilo. Editoras fazem isso, sabe?
Enfim, pra mim foi uma experiência nova, com assunto e públicos desconhecidos e eu tive que me virar pra dar conta dela.

5.Uma curiosidade na história é a mistura de literatura com a música, mais específicamente o rock, isso já estava na sua cabeça desde o início ou foi algo que acrescentou ao longo da história?


Laura-
Quando eu comecei a escrever, o livro não rolava porque estava em terceira pessoa. Aí eu resolvi mudar pra primeira pessoa e logo na primeira frase do livro veio a coisa da música. Eu queria deixar claro o estado de espírito da personagem e na hora pensei em duas canções: Another Day e Every Day is Exactly the Same. Ao mesmo tempo, todo livro que faço tem que ter uma conexão íntima comigo, embora nem sempre isso esteja claro no texto. As vezes é uma personagem ou um lugar. No caso deste livro foi a música, que amo tanto quanto amo livros, então achei que seria um casamento ideal. Depois, é gostoso você poder musicar uma história, fazer este tipo de link emocional com o leitor.

6.As músicas funcionam como trilha sonora para o livro, como você as escolhe? É de acordo com a letra, melodia, com cada momento, personagem (…)


Laura-
Tudo isso que você falou. Busquei músicas cujas letras fossem pertinentes ao momento do livro e do personagem e que ao mesmo tempo tivessem boa sonoridade. Embora o rock seja o mote, já que o personagem principal é vocalista de uma banda de trash metal, tem muito pop e muito country também, de acordo com o momento que os personagens estão vivendo.

7- Pela união de música e literatura, dá a entender que você gosta de rock, quais suas bandas favoritas?


Laura-
Gosto muito de rock, sou da geração dos grandes nomes e das grandes bandas, do tempo que disco de rock tinha uma faixa apenas de cada lado e as músicas demoravam séculos para terminar. Eram viagens, não apenas pano de fundo, entende? Nesta época eu era considerada esquisita pelos meus colegas porque o pessoal curtia baladinhas românticas e eu ouvia Deep Purple e Led Zeppelin. Acabei ganhando um fone de ouvido dos meus pais, pra não ensurdecer a família com minhas músicas (risos).
Gosto de outros gêneros também, não sou bitolada em rock, mas o rock’n’roll é mais que música, é uma filosofia de liberdade, verdade, expressão limpa do sentimento, sem se preocupar com as conveniências sociais. Através do rock, minha cultura musical disparou e eu conheci o blues, o jazz, enfim, as origens da música negra americana que acabou tomando conta do mundo e influenciando gente do outro lado do oceano, como os Rolling Stones e os Beatles.
Gosto de muitas bandas, mas as prediletas são Pink Floyd, Queen, Metallica, Black Sabbatah. Mas há várias outras, não dá pra listar todo mundo.

8- Os personagens principais, Bill e Megan, são inspirados em pessoas conhecidas ou partiu de um ideal criado por você?



Laura-
Como eu disse, o livro só rolou em primeira pessoa e quando se escreve em primeira pessoa a gente acaba meio que se misturando ao personagem, então a Megan tem alguns comportamentos e jeitos que são meus. Por outro lado, ela também tem muito de muitas outras pessoas e mais um tanto de criação mesmo. Bill Stone é um caso a parte. Assim que topei fazer o livro eu já sabia como ele seria fisicamente. Ele seria parecido com o Adam Lambert, principalmente no jeito sensual e nos olhos fascinantes. Lógico que todo o resto eu criei, mas a aparência do Bill, o jeitão sensual e poderoso eu peguei do Adam, sim, além da capacidade vocal e do talento incrivel.

9- Os títulos da saga Red King lembram os de Meyer, foi uma escolha sua ou da editora? Este era o título desde o início?

Laura-
Foi escolha da Mythos, eu queria Reis Vermelhos para o primeiro e Estrela Negra par ao segundo, não curto ficar “colando” coisas dos outros.

10- Agora, 9 de julho, Lua Negra será lançado. O que os fãs podem esperar do 2° livro?


Laura-
Neste segundo livro a história fica mais densa, os tempos de conto–de-fadas da Megan meio que viram um pesadelo e ela passa por situações muito perigosas e complicadas. O passado de Bill vem à tona, os vampiros aparecem, há um psicopata entre os rovdyrs, Red Leaves é atacada por criaturas ancestrais que modificam o clima, enfim... a história segue por outros rumos. Evidentemente, o tom é suavizado por ser um livro para adolescentes, mas o humor, as músicas e confusões ganham cores mais sinistras.

11- Lua Negra já tem data marcada para estréia, haverá noite, tarde de autógrafos?


Laura-
Eu ainda não decidi isso. Recebi proposta de duas livrarias, mas por conta de situações pessoais não sei se será possível neste momento. De qualquer forma, talvez eu faça algo durante a Fantasticon, vamos ver o que rola até lá.

12- Do que se tratam seus outros livros? Fale um pouco sobre eles.


Laura-
Meus livros são romances sobrenaturais em sua maioria. Acho que talvez uns dois ou três apenas tenham fugido do tema. Gosto de trabalhar com o sobrenatural, gosto de levar as pessoas a questionarem a realidade, a se perguntarem se o mundo é só isso que os 5 sentidos captam ou se tem mais coisas nisso tudo. Já li resenhas de pessoas que viram aspectos de auto-ajuda nos meus textos, mas nunca foi minha intenção seguir esta linha, embora os livros contem histórias de superação.
Quando comecei, a editora me deu parâmetros mas me deixou livre para criar o que quisesse dentro deles, então eu brinquei com várias tramas e estilos, experimentando de tudo um pouco.
Fiz também um livro infantil – Tristin McKey e o Mistério do Dragão Dourado - que voltou às livrarias agora e que está tendo ótima aceitação. Particularmente gosto muito dele e fico feliz ao vê-lo agradar quem lê.

13- Muitos de seus livros são vendidos em bancas de jornal, você percebe algum preconceito por isso?


Laura-
Muito (risos), mas não ligo. Todo preconceito é ignorância e isso é algo que faz parte do mundo. Muita gente acha que porque é vendido em banca não tem qualidade, mas as pessoas que acham isso não lêem esses livros, então como elas podem saber? Já dizia o Nelson Rodrigues que toda unanimidade é burra, então é saudável ter quem não goste, o que eu acho estranho é alguém não gostar do que nunca experimentou. E meus livros estão em livrarias também, aliás, estão em uma das livrarias mais badaladas de São Paulo que é a Livraria da Vila e vendem super bem por lá, então...

14– O que você acha das campanhas em prol dos autores brasileiros que estão acontecendo na Internet?


Laura-
Fantásticas e imprescindíveis. Primeiro para acabar com a idéia de que brasileiro não sabe escrever, que só livro estrangeiro é bom. Segundo porque é uma maneira de dar visibilidade a tantos talentos que existem neste país e acabam passando batido pelo público leitor. Em um país onde a cultura virou artigo de luxo, tem que fazer barulho e chamar a atenção das editoras para nossos escritores. Eu apóio totalmente estas iniciativas e participo na medida do possível de todas elas.

15– Você poderia dar algumas dicas para quem quer seguir a carreira de escritor?


Laura-
Bom, a principal dica para quem quer ser escritor é LER MUITO. E ler sobre tudo, conhecer diferentes autores e gêneros, perceber como a trama se desenrola, como os personagens são construídos e descritos, enfim, ler por prazer, mas também para aprender. Outra coisa é praticar muito, brincar com as idéias, escrever o que der na telha sem muito compromisso. Quanto mais se escreve, mais fácil fica, podem acreditar.
Outro ítem importante: o Português! Acentos, plurais, vocabulário e coerência são fundamentais! Muitas vezes a idéia é boa, mas o texto está tão mal escrito que a editora deixa de lado, simplesmente porque não entende o que está lendo. Não adianta ter preguiça, tem que caprichar na hora de escrever. E claro, escrever de forma limpa, sem querer parecer ser o que não é. Não adianta usar um monte de palavras dificeis só para enfeitar o texto, porque aí perde a naturalidade e é justamente a naturalidade da narrativa que cria o link com o leitor. Falando assim parece complicado, mas não é. É só praticar que tudo isso que eu disse começa a fazer sentido e se torna automático. Boa sorte!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Conhecendo Laura Elias , a autora da saga Red Kings


Dado continuidade a campanha de incentivo aos escritores brasileiros de literatura fantástica o Vez e Voz escolheu para a próxima entrevista a escritora Laura Elias. Confira um pouco da história da autora:

Laura Maria Elias nasceu em Barra Mansa estado do Rio de Janeiro em 1960.

Apaixonada por livros, começou ainda criança a rabiscar as primeiras linhas e aos 14 anos tinha pronto o livro O Colar de Esmeraldas, uma aventura policial visivelmente inspirado nos livros de Agatha Christie que a autora devorava na ocasião.

Sem nunca pensar em editar seus escritos ou seguir a carreira literária, Laura Elias cursou Economia na Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo e trabalhou com Comércio Exterior até o ano de 2001, quando por questões pessoais desligou-se do setor.

Em 2002 inscreveu-se como tradutora voluntária na Revista UFO, onde após alguns meses foi convidada pelo editor para redigir um artigo. Embora esta primeira matéria fosse publicada quase um ano depois, outras vieram neste ínterim, transformando Laura em uma das principais articulistas da publicação. Foi também através da revista UFO que a escritora realizou palestras em simpósios e congressos de ufologia, além de participar de vários programas de TV sobre o assunto.

Em 2005 foi indicada pelo editor da Revista UFO à Editora Mythos que na ocasião procurava autores para lançar uma linha de romances em formato pocket, os famosos romances de banca como são chamados aqui no Brasil. Seu livro teste, Laços do Passado, tornou-se o primeiro romance lançado pela editora, seguido de muitos outros. Apesar de sua grande capacidade produtiva, Laura assinava suas obras com pseudônimos variados, sendo o mais conhecido deles Loreley Mackenzie. A autora publicou também como Sophie H. Jones, Suzy Stone, Laura Brightfield e Elizabeth Carrol.

Em 2007, além de ter alguns de seus livros re-editados para livraria, a escritora lançou também seu primeiro infanto-juvenil Tristin Mckey e o Mistério do Dragão Dourado. Também em 2007 abandonou os pseudônimos, passando a assinar seus livros como Laura Elias.

Em 2009 lançou Crepúsculo Vermelho, o primeiro de uma série de 3 livros, inaugurando assim mais uma fase em sua próspera carreira de escritora. Também passou a figurar no mundo virtual, lançando seu blog e um blog para o livro. Neste ultimo a autora construiu todo um universo próprio, com filmes, entrevistas, depoimentos e matérias relacionadas aos personagens e à banda de Trash Metal, The Red Kings of Dark Paradise.

Atualmente Laura está escrevendo seu 35º livro, o terceiro volume da série do Red Kings, provisoriamente intitulado Luz na Noite ainda sem data de lançamento. Ao mesmo tempo preprara-se para o lançamento do segundo volume da série, LUA NEGRA, previsto para julho/2010.

* A biografia foi retirada do próprio site da autora

Nazarethe Fonseca em uma entrevista de Alma e Sangue


Conforme haviamos prometido a campanha de incentivo aos autores brasileiros está á todo vapor e a primeira entrevista é com Nazarethe Fonseca. A autora da Saga Alma e Sangue fala sobre ser escritora de literatura fantástica, do lançamento do terceiro livro da série, de seus contos, enfim nos convida a entrar em seu universo vampiresco mas não sem avisar que lá dentro os beijos são mordidos. Cnfira:

1.Como é o mercado editorial para novos escritores de literatura fantástica?

Nazarethe: O mercado se abre lentamente para o escritor nacional, seja ele de ficção científica ou de literatura fantástica. Novas editoras aparecem, e com padrão de qualidade. Hoje, com um bom texto e algum esforço, o escritor pode publicar sua obrar e conseguir espaço nas livrarias. Não é fácil, mas é possível.

2. Como surgiu a idéia da saga Alma e Sangue?

Nazarethe:Sonhei com os personagens do livro, com os cenários, a trama. Foi bastante intenso, e desde então passei a escrever. Escrevia poemas, mas nada de que me lembre ou tenho guardado. Alma e Sangue foi minha primeira experiência literária profissional.

3.Quando você está escrevendo um livro, tem costume de ler outros do gênero para se inspirar ou procura se isolar para criar livremente?

Nazarethe: Leio sempre, não para buscar inspiração, mas por necessidade de me divertir com um bom texto. Ultimamente, tenho lido menos por causa de um probleminha na visão e do tempo de trabalho diante do computador. Acho que minhas maiores fontes de inspiração são a música e meus sonhos.

4.Qual o impacto e influência que Drácula e o vampiro Lestat (Btam Stocker e Anne Rice) tem em sua obra?

Nazarethe: Conheci Drácula aos 5 anos de idade, e foi maravilhoso. Ele foi meu primeiro referencial de vampiro, não tão bonito quanto Lestat (Tom Cruise), mas impactante. Depois veio Frank Langella (com o Drácula de 1973), do qual gosto muito. Anne Rice me pegou em cheio, ela transmitiu para seus livros um mundo único, fascinante, e deu ao vampiro a capacidade de se misturar com a sociedade sem grandes choques. Posso dizer que bebi na fonte dos dois autores, e por meio deles e de meus sonhos criei meu vampiro, minha mitologia.

5. Sobre os personagens, são inspirados em pessoas que conhece ou eles surgem já prontos em sua mente?


Nazarethe: Eles já chegam prontos: nome, nacionalidade, gostos, hábitos, roupas, até mesmo o perfume que usam. Quando estou criando, eles aparecem espontaneamente, e então deixo o personagem se apresentar. Mantenho a mente aberta e brinco com as palavras.

6. Quando descobriu que queria ser escritora?

Nazarethe: Nunca pensei tão sério: vou ser escritora. Na verdade, queria ver meu livro impresso, tudo juntinho e organizado, revisado. Mas as coisas foram tomando um caminho diferente, foi difícil, mas lutava por isso e um dia me surpreendi sendo chamada de escritora, quando na verdade só queria tirar tantas historias e personagens do meu imaginário. Quando não escrevo me sinto cheia, dá até dor de cabeça.

7.Qual o papel que a internet tem em sua vida profissional?

Nazarethe: A internet é um vicio e uma grande companheira. Fiz amigos, aprendi milhões de coisas, li livros, criei um blog, vendo meus livros, consegui uma editora para editá-los, divulgo-os virtualmente. A internet é minha parceira, sem ela não sou ninguém. Ela une e separa, mas quem sabe usá-la com sabedoria e bondade consegue colher bons frutos.

8.Apresente a saga para quem ainda não conhece, fique à vontade para vender seu peixe.

Nazarethe: A série Alma e Sangue fala de imortalidade, amor, perdas e vitórias, morte e nascimento. Vampiros e mortais se encontram e se afastam em jogos de poder e desejo, que os fazem lutar e morrer em busca de amor. Os livros têm muita ação e romantismo, e uma sensualidade quase natural, já que falamos de vampiros. Jan Kmam e Kara, os personagens principais, tentam viver seu amor em meio a inimigos mortais e imortais. Jan Kmam é o favorito do rei dos vampiros, Ariel Simon, e como tal tem deveres e direitos. Kara é sua amante e pupila, e tem de se esforçar muito para se tornar uma vampira a altura dos cinco Poderes que regem o mundo dos vampiros, e que o controla com mão de ferro. Ao lado dos vampiros temos os homens-lobo e as bruxas, que se dão muito bem com vampiros e lobisomens. Ao longo dos dois primeiros livros da série o leitor mergulha em aventuras e num universo rico e único. Quem lê se surpreende.


9.Está sendo lançado o terceiro volume da saga, o que os fãs podem esperar de Alma e Sangue III – O Pacto dos Vampiros?

Nazarethe: Os dois primeiros livros têm uma escala evolutiva que vai culminar no livro três e no livro quatro. O Pacto dos Vampiros me deu uma visão maior de meus personagens, acho que me senti mais à vontade com todos. O crescimento deles é visível em cada página. O nível de ação e a tensão entre os personagens aumentaram, as surpresas e revelações são constantes. Pude finalmente falar dos Caçadores, que são personagens que vinha segurando faz algum tempo, porque eles lidavam diretamente com os homens-lobo e os lobisomens. Os Caçadores surgiram em 2002 e os divulguei anos depois em um site virtual de textos, o www.etextos.com.br, no qual publicava semanalmente capítulos do livro. No Pacto eles aparecem com mais espaço, e a química entre eles e os vampiros foi muito boa. Eles controlam vampiros, lobos e toda e qualquer criatura imortal que atente contra um mortal.

10.Já tem data marcada para o lançamento? Vai ter tarde ou noite de autógrafo? Onde e quando?

Nazarethe: O Pacto dos Vampiros esta com previsão de lançamento para outubro de 2010 em São Paulo, mas ainda não tenho uma data certa. Assim que possível, divulgarei a informação em meu blog e no twitter.

11.Uma coisa marcante no livro foi a mistura do folclore(a lenda do boi) com o vampirismo, de onde veio esta inspiração para conectar uma lenda a outra?

Nazarethe: Do sangue e do vinho. Foi impossível não associar as duas coisas. O boi é uma celebração em que o desejo e o crime estão presentes. Muito similar ao desejo do vampiro, o ato de matar e beber sangue o do boi simboliza a fonte de vida. No fim de tudo, o boi ressuscita como um vampiro, para ser imortal.


12.Que conselho você dá para aqueles que querem seguir à profissão?

Nazarethe: Muita paciência e perseverança. Eu tentei desistir várias vezes, mas os fãs e o prazer de escrever me faziam voltar. Houve um tempo que escrevia para ler uma boa aventura, graças a isso tenho uma caixa cheia de livros semiprontos que hoje penso em publicar. O jovem escritor tem de se provar capaz de vender e disputar espaço na gôndola das livrarias com os títulos estrangeiros. Esse é nosso maior desafio.

13.A nova onda do vampirismo impulsionado por “Crepúsculo” teve reflexo no seu trabalho? Em termos de vendagem, de inspiração?

Nazarethe: Sim, a saga Crepúsculo fez as editoras apostarem em outros escritores do gênero, não só estrangeiros, mas nacionais também. Sinto-me privilegiada em chamar a atenção do público e satisfazê-lo, mas não é um sentimento desconhecido, pois já o experimentava desde 2001, quando Alma e Sangue foi lançado a primeira vez. Sempre tive boas vendas. Claro, não cheguei ainda a um milhão de copias. (risos). Hoje é como se esses autores tivessem aparecido do nada, mas sempre estivemos por aqui. Temos ótimos escritores nacionais, que vêem, assim como eu, há vários anos publicando sobre vampiros.

14.Você também tem contos publicados, fale um pouco sobre eles.

Nazarethe:Tenho atualmente três contos publicados:
1.Meu amor é um vampiro - 2010
2.Necrópole –Historias de Bruxaria - 2008
3.Anno Domini – Manuscritos Medievais – 2008
Tenho planos de futuramente publicar um livro de contos que escrevi em 2006, quando despertei para a linguagem curta dos contos. Escrevi vinte deles e os reuni por assunto: amor, ódio, ganância. É um daqueles livros que vira mimo do autor (risos).

Para nos despedirmos nada melhor que à lá Nazarethe e seus
Beijos mordidos!

sábado, 3 de julho de 2010

Eclipse chega às telonas e traz filas nos cinemas


O terceiro filme da saga Crepúsculo: Eclipse mal chegou aos cinemas e já causou alvoroço. Só nos EUA foram arrecadados US$ 69 milhões apenas na estréia, última quarta-feira 30, cobrindo os gastos da produção inteira do filme que foi de US$ 68 milhões.

No Brasil a história se repetiu, não sabemos ainda o número exato de arrecadação, mas as filas quilométricas nos cinemas falaram por si só. O público como sempre fanático, com faixas, camisetas, em fã-clubes aguardavam anciosos nas filas durante horas para não ficar de fora da sessão.

Considerado pelos fãs e críticos o melhor da saga, Eclipse, traz Jocb na disputa ferrenha por Bella que começa a duvidar de sua escolha em se tornar uma vampira e iver pela eternidade com Edward. O lobo aparece incontáveis vezes sem camisa no longa, arrancando gritinhos das fãs, já o vampiro fica de codjuvante romântico-arcaico querendo que Bella se case virgem.

As risadas ficam por conta de Charlie, o pai de Bella, com os cuidados paternais — completamente desajeitados e a linda vampira Alice, irmã de Edward, com toda a sagacidade de vampira e a lealdade ao irmão.