Entre setembro e outubro de 2007, o Brasil recebeu cerca de 107 refugiados palestinos vindos do campo de Rweished, na fronteira entre a Jordânia e o Iraque.
Por Juliane Almeida
A vinda do grupo foi possível com o Programa de Reassentamento Solidário do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados). O campo abrigava os palestinos que já viviam refugiados no Iraque sob a proteção de Saddam Hussein, porém tiveram que se retirar quando ele foi morto em 2003. Desde esta época, eles viviam em tendas no deserto, cercados pelo exército jordaniano.
O Programa é implementado pelo governo do Brasil, com o apoio da comunidade internacional, por meio do ACNUR e da sociedade civil. Atualmente, cerca de 400 refugiados são beneficiados.
Com recursos dos doadores internacionais, o ACNUR contrata ONGs para prestar assistências aos refugiados. Os refugiados recebem assistência financeira, moradia, assistência social e acompanhamento médico.
O programa de Reassentamento Solidário do Acnur com duração de 2 anos, ainda conta com o apoio do Governo Federal, representado pelo Comitê Nacional para Refugiados (CONARE).
No Brasil este grupo ficou dividido entre as regiões Sul e Sudeste. A cidade de Mogi das Cruzes, região metropolitana de São Paulo foi escolhida para receber 57 refugiados palestinos do grupo que chegou ao país.
O Acnur delegou à Cáritas Brasileira de São Paulo, a responsabilidade de inserir o grupo na cidade.
Mogi das Cruzes foi escolhida por ser uma cidade com grande número de moradores de origem árabe e por ter uma mesquita. Aliás, é por intermédio do sheik Hosni que os refugiados “driblam” as dificuldades que encontram para se comunicar com os comerciantes locais.
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