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domingo, 11 de abril de 2010

Refutando a ideia de opressão e desrespeito às mulheres muçulmanas


Por Hesdras Sérvulo Souto de Siqueira Campos Farias*

A condição da mulher é hoje muito discutida em congressos e fóruns mundiais que têm a mulher como eixo central dos debates. O ocidente costuma dirigir muitas críticas ao Islã por tratar, na sua visão, a mulher com desrespeito e humilhação. Quem faz tais afirmativas desconhece por completo o islamismo. Poucas pessoas sabem, por exemplo, que o primeiro muçulmano, foi uma mulher, Khadija, esposa do Profeta Muhammad (chamado de Maomé nas línguas latinas). Ela foi a primeira pessoa a quem o Profeta falou da Revelação e foi quem o apoiou nos momentos mais difíceis, incentivando-o nas pregações ao povo. Portanto, Khadija foi a primeira pessoa a aceitar o Islã. (ABD’ALLAH. 1989).

O Alcorão, livro Sagrado do Islã, assegura uma série de direitos às mulheres, direitos que outrora inexistiam, em qualquer que fosse a sociedade ou religião. Inclusive, alguns direitos, apenas ela possui, refutando a ideia de que a mulher é desprovida de direitos que assegurem sua dignidade no islamismo. O livro ainda reserva uma Surata, mais precisamente a quarta, inteira só para a mulher, a chamada Suratu An-Nissá (A sura das mulheres). Para facilitar uma melhor compreensão, o texto será separado em três âmbitos: social, econômico e espiritual.

A mulher no contexto social:

A vida
O primeiro e fundamental direito de qualquer ser humano é o direito à vida, e o Alcorão assegura esse direito:

“...Quem mata uma pessoa, sem que esta haja matado outra ou semeado corrupção na terra, será como se matasse todos os homens. E quem lhe dá a vida será como se desse a vida a todos os homens...” (Surata 5:32)

A proteção e a reputação
Era costume de alguns homens, quando não queriam mais suas mulheres, caluniarem e difamarem sua honra, causando severas punições a elas. O Alcorão tem uma lei que proteje a mulher desses incidentes:

“E aos que acusam de adultério as castas mulheres, em seguida, não fazem vir quatro testemunhas, acoitai-os com oitenta açoites, e, jamais, lhes aceiteis testemunho algum; e esses são os perversos.” Surata (24:4)

O trabalho
Dentre os vários argumentos que os detratores do Islã usam está o de dizer que a mulher muçulmana não pode trabalhar. O Islã diz que o homem é quem tem obrigação de cuidar e prover uma família, mas isso não impede que a mulher trabalhe, desde que seu trabalho não a impeça de cuidar da família e da educação dos filhos. Isso porque ela é a fonte de alegria, de carinho e dos bons valores. O trabalho dignifica o ser humano, independendo do sexo, e o Islã é uma religião que incentiva o trabalho e a instrução. Na história do Islã houve grandes mulheres que trabalharam, como Khadija, primeira esposa do Profeta, era uma grande comerciante na Arábia. Zaynad, outra esposa do Profeta, era uma grande artesã, além da senhora Rafida al Asslamia, que dedicou a vida a cuidar dos doentes e feridos na Mesquita do Profeta. Contam que na época do califa Omar Ibn al Khattab, a fiscalizadora geral do mercado era Axiffá, uma sábia mulher. Portanto, dizer que a mulher no Islã é proibida de trabalhar é um embuste. (WAHDANI, s/d).

A educação
No mundo islâmico, a educação também é assegurada a todos, homens e mulheres, além de ser gratuita, como a saúde. Ambas são de boa qualidade. Esse hadice (2) deixa isso claro: “Buscar o conhecimento é um dever de todo muçulmano e muçulmana (3)”. Contam queAisha era especialista em leis que tratavam de herança e sobre o que era lícito e Ilícito. Ela foi muito mencionada por diversos juristas por ter convivido bastante com o Profeta Muhammad. Chegaram até a dizer que ela era a mais eloquente dos árabes. (WAHDANI, s/d). A educação sempre foi prioridade no mundo islâmico. O Profeta costumava dizer: “Buscai o conhecimento até na china” e ainda “Procurem a sabedoria do berço até túmulo.”

O direito de falar e ser ouvida:

Durante séculos a mulher foi proibida de opinar sobre qualquer assunto, sua opinião era jamais consultada e sua voz jamais ouvida. E isso aconteceu até alguns poucos anos atrás. O Islã deu liberdade de expressão às mulheres, sobre qualquer assunto que desejassem opinar. O próprio Profeta consultava sua esposa Khadija sobre tudo e sempre seguia seus conselhos e ficava alegre ao ouvi-los.

O direito de escolher seu marido:
Apesar disto ter sido incomum em muitas culturas, inclusive na Arábia pré-islâmica, o Islã proibiu categoricamente que a mulher fosse forçada a casar-se sem o seu consentimento. Ninguém poderia forçá-la, fosse o pai, o irmão ou o tutor. Percebemos o zelo que o Profeta Muhammad tinha com as mulheres quando disse (4):

"Quanto mais cívico e amistoso for um Muçulmano para com a sua esposa mais perfeita é a sua fé."(Hadice compilado por Tirmidhi).

"Os crentes mais perfeitos são os melhores em conduta, e os melhores de entre vós são aqueles que são melhores para as suas esposas."(Ibn Hanbal).

"É o generoso (em caráter) aquele que é bom para as mulheres, e é fraco aquele que as insulta".

Para o Profeta, a mulher não é "um instrumento do demônio",mas, sim, uma "Muhsanah",ou seja, uma fortaleza contra satanás.

*Hesdras Sérvulo Souto de Siqueira Campos Farias é graduando em ciências sociais pela Universidade Federal Rural de Pernambuco / Departamento de Letras e Ciências Humanas / Cátedra Ibn Arabi.

**Esta é uma síntese do artigo para lê-lo na integra acesse o site do Icarabe

Um comentário:

casanarocha disse...

Vocês nunca viram vídeos de líderes religiosos ensinando como bater nas suas mulheres islâmicas? Surra mesmo! Só não pode bater no rosto, né, mas alguns muçulmanos são desobedientes e baixam o sarrafo nas pobres coitadas que aparecem tapando os olhos, a única coisa que pode ser vista. (muitas já se vestem com mais liberdade, mas não é porque eles deixam. Se depender deles, é pêia mesmo .
(linguagem informal)