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segunda-feira, 4 de maio de 2009

Virada Cultural 2009

Por: Luma Jatobá

Começamos nossa "Virada" em ritmo de psy por volta das 23h na Rua XV de Novembro, na pista de música eletrônica o tumulto era grande, gente sendo pisada, desmaiando, ambulâncias tentando abrir espaço no meio galera . Nosso percurso estava apenas começando, passado o sufoco chegamos até a praça Pedro Lessa, onde prof° ensinavam os mais variados ritmos de dança, aprendemos uns passinhos de salsa mas já era hora de correr para assistir "Camisa de vênus".

Rumo ao rock na República uma legião de camisetas pretas ocupavam todos os lados possíveis que davam acesso ao palco, simultaneamente o chará do líder da banda Marcelo Camelo apresentava seu disco solo na Av. São João com fãs mais ai estilo bicho- grilo.

Talvez a maior inovação da Virada tenha sido as Velhas Virgens, banda com 22 anos de existência no cenário independente do rock brasileiro e com um público variado, uma pena que problemas no som, muito baixo o microfone do vocalista Paulão e da nova integrante Juliana Coyote, prejudicaram um pouco a apresentação mas mesmo assim os fãs cantaram do início ao fim todas as músicas com destaque para "Abre essas pernas" e "Siririca baby". Lá pelas 3h da manhã foi a vez do Instituto Racional trazendo os hits da época mais obscura da vida de Tim Maia para os paulistanos, ponto alto foi o rapper Kamau que conquistou os presentes com suas rimas.

Tudo novo, de novo

Amanhecia e os primeiros raios de sol começavam a iluminar as pessoas no show do Tribo de Jah, a famosa vibração positiva não faltou em nenhum minuto e seu reggae verde, pró- natureza fez a cabeça da galera. Na contramão das boas intenções chega o Matanza com sucessos como "Bom é quando faz mal' e "Pé na porta e soco na cara" além das tradicionais "Clube dos canalhas" e "Ela roubou meu caminhão", bate-cabeça, camisas pretas e moicanos faziam a maioria na praça da República.

Cordel do fogo encantado, animou o público formado por "hippies de boutiques e moderninhos", durante a apresentação deixou claro que o show não era gratuito pois foi pago com os nossos impostos, levantando apalusos. O Cpm22, entrou no palco às 10h para delírio dos adolescentes que cantavam todos os hits do início ao fim desde "Tarde de outubro" até "Um minuto para o fim do mundo".

O dilema do meio-dia

Um público, dois palcos, Zeca Baleiro e Nação Zumbi disputaram preferência na hora do almoço. Dois grandes artistas, o "Nação" ficou com os mais jovens o som estava ótimo e a banda empolgada mas os fãs não entraram na onda e eles sairam sem nem tocar o bis, que é comum em seus shows, que sempre pegam fogo. Já o Zeca, teve que desenterrar músicas para satisfazer os paulistas, tinha gente vendo e dançando até das sacadas dos prédios.

Do Brega ao Chic

O título de palco mais tranquilo e engraçado ficou com o Largo do Arouche, onde se apresentaram os cantores bregas como Wando, Reginaldo Rossi, Odair José, Wanderley Cardoso entre outros, mais frequentado pela terceira idade podíamos encontrar banheiros limpos e acesso fácil ao palco. O lado Chic ficou com os espetáculos de dança, ballet, exposições, o museu da Língua Portuguesa, as intervenções artísticas e claro o grupo Savana Brasil, as meninas deram um show.

Toca Raúl

Fãs aficcionados, bandanas, coletes, jaquetas de couro, óculos redondos, artesanatos, pais, mães, crianças, adolescentes e por que não avós?Talvez este tenha sido o palco mais distante, na Luz, porém foi o mais apaixonado, tanto que muitos que foram para lá decidiram passar as 24h ali, ouvindo Raulzito. As bandas escolhidas para o tributo foram muitas desde Marcelo Nova e Os Panteras,Velhas Virgens até o Nasi, cada um representando um disco do maluco beleza.

Todo carnaval tem seu fim

Maria Rita foi a escolhida para fechar o evento, com canções do último cd 'Samba meu', a Av. São João dançou e cantou o show foram incluídas também os sucessos do primeiro trabalho e temas de novelas, alguns imprevistos atrapalharam a apresentação, o som do microfone estava muito baixo e por vezes a imagem da cantora sumiu do telão, deixando muitos fãs bravos. Mas nada foi capaz de estragar o show e tudo correu normalmente até o fim.

Diversidade

Difícil andar por todos os lugares, ver todas as atrações mas o bacana é ter a opção de ir nas tendas de música eletrônica, entrar numa roda de samba, ver seu artista preferido, conhecer outras pessoas enfim viver intensas 24h, fica para a próxima Virada o desejo de que os palcos sejam mais próximos e os banheiros no mesmo estilo do Largo do Arouche, em constante manutenção.

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