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Por: Luma Jatobá
Poucos sabem a verdadeira história do país, menos ainda sabem porque tudo aconteceu, será que existe alguma explicação lógica para isso tudo?Talvez não seja do interesse dos governantes e das elites, da grande imprensa e de muitos empresários que o povo brasileiro conheça seu passado recente.
Há 45 anos a vida de milhões de brasileiros começava a mudar pois os militares se preparavam para um dos maiores golpes de nossa história, tendo desfecho somente na madrugada de 1° de abril, quando se iniciou o regime militar que duraria por 21 anos. Com medo de cairem no ridículo(a maioria deve saber que na data se comemora o dia da mentira) foi oficialmente declarado que tudo se passou em 31 de março, mentiras á parte já começaram mal.
No período de 1964 a 1985 cinco generais ocuparam o cargo de Presidente da República sendo eles: Castello Branco (1964-1967), Costa e Silva (1967-1969), Médici (1969-1974), Geisel (1974-1979) e Figueiredo (1979-1985). Neste período as liberdades foram cerceadas tanto de ir e vir, de expressão e de imprensa(a mesma que apoiou o golpe incitando as multidões para a Marcha da Família com Deus pela Liberdade).
Houve tortura, mortes, desaparecimentos, até hoje sem solução(exceto para algumas famílias que descobriram seus parentes enterrados na vala comum do cemitério de Perus). Muitos órgãos de repressão foram criados neste período DOI-CODI's, OBAN, DOPS e centros de informações como SNI, CENIMAR, CIEX, DSI, CISA e CIE, tudo com o propósito de coibir e coagir as pessoas que não eram favoráveis ao regime.
Por que voltar no tempo e relembrar um momento tão sombrio? Talvez para que possamos dar mais valor aos direitos que temos hoje como votar, protestar, escrever, cantar ou ainda para mostrar que algumas coisas acontecem e merecem ser recordadas não como saudosismo mas como forma de manter viva a memória dos que se fora e do porquê partiram. E é isso que o Memorial da Resistência, Largo General Osório, 66 – Luz /São Paulo, tenta fazer mesmo que ainda de forma tímida.
Inaugurado em 2002 com o nome de "Memorial da Liberdade" sob a gestão do Arquivo Público do Estado de São Paulo é reinaugurado em 1° de maio de 2008 com nome alterado para "Memorial da Resistência" passa a integrar à Estação Pinacoteca. O espaço oferece ao público a possibilidade de entrar nas celas, ouvir depoimentos de ex-presos, assistir a videos, acesso ao acervo digital e maquete do prédio durante a ditadura.
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